Sara Teixeira1, José Pedro Barbosa2, Lara Lourenço3, Daniel Gonçalves4, Micaela Guardiano5.
- 1
- Autor Correspondente
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal. - 2
- MEDCIDS - Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (CIM - FMUP), Porto, Portugal.
- 3
- Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal.
- 4
- Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal.
- 5
- Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal.
Jun 28, 2019
INTRODUÇÃO: Diversos estudos têm demonstrado existir uma perturbação do processamento emocional em crianças com perturbação hiperatividade/ défice de atenção (PHDA). No entanto, existem poucos estudos relativos à associação entre alexitimia e PHDA tanto em adultos como em crianças, e nenhum na população portuguesa.
MÉTODOS: A amostra acidental inclui 50 crianças previamente diagnosticadas com PHDA e sob tratamento e 51 crianças saudáveis sem PHDA, com idades compreendidas entre os 8 e os 17 anos. Com o intuito de avaliar a alexiti-mia foi aplicada a versão portuguesa do questionário de alexitimia para crianças.
RESULTADOS: Comparando os dois grupos, não se verificaram diferenças significativas em nenhum dos três fatores da escala de alexitimia: dificuldade em identificar sentimentos, dificuldade em descrever sentimentos e pensamento orientado externamente, assim como na pontuação total da escala.
DISCUSSÃO: No nosso estudo, crianças com PHDA sob intervenção farmacológica e psicoterapêutica apresentaram níveis de alexitimia sobreponíveis à população controlo.
CONCLUSÃO: O nosso estudo pretende reforçar a importância da avaliação do processamento emocional na PHDA e a sua relação com as intervenções terapêuticas realizadas, abrindo portas a que outras investigações se dediquem a este tema.
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